Sobrecarga dos rins e fígado:
Não é de hoje que se ouve frequentemente que o consumo excessivo de proteínas pode sobrecarregar o funcionamento do fígado e dos rins. Vamos discutir o que leva a essa sobrecarga.
Antes dos aminoácidos poderem servir como fonte de energia, eles necessitam perder seu grupo nitrogenado através de um dos dois processos seguintes:
1. Desaminação: trata-se da retirada do grupamento amino (NH3+) de um aminoácido, o qual é convertido em amônia e uréia no fígado. Estes, por sua vez, são removidos do corpo pelos rins e pelas glândulas sudoríparas. Quando o grupamento amino é retirado do aminoácido, o que sobra é um esqueleto de carbono, que irá ser convertido em glicose no fígado, processo denominado gliconeogênese. Esse processo é bastante ativo em dietas muito altas em proteína e em jejum prolongado (mais de 4 horas sem se alimentar).
2. Transaminação: é a conversão de um aminoácido em outro. Ocorre quando um grupamento amino (NH3+) de um aminoácido é transferido para um esqueleto de carbono formando um novo aminoácido. Esse processo necessita de vitamina B6 como cofator. Essas reações dependem basicamente de suas enzimas para acontecer: ALT ou TGP – alanina aminotransferase, e AST ou TGO– aspartato amino transferase. Essas duas enzimas são bastante utilizadas como marcadores de dano no hepatócitos (células do fígado). Em dietas hiperprotéicas esses valores podem aparecer elevados ao exame de sangue.
Uma ingestão excessiva de proteínas irá aumentar a utilização desses dois mecanismos, levando a uma maior sobrecarga do fígado e dos rins.
http://www.bancodesaude.com.br/user/2565/blog/risco-consumo-excessivo-proteinas
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