Boa parte dos seus efeitos está baseada na alteração do fluxo sanguíneo mudando o curso do sangue que vai para as pernas. Para entender o processo pense nas aortas abdominais que correm lateralmente pelo ventre. Cada uma das aortas se bifurca, uma vai para as pernas e outra para os órgãos genitais. Cada tornozelo pressiona as pernas bem onde passam as aortas coxofemorais diminuindo o aporte sanguíneo para os membros inferiores, desviando a circulação para a região genital.
Jamais pratique até sentir formigamento ou má circulação. Assim, com o tempo, os vasos periféricos das pernas são estimulados a permitirem a passagem do sangue para os membros inferiores, tal qual fariam as artérias principais.
Você precisa educar o sistema circulatório pacientemente ao longo dos anos até conseguir praticá-la durante horas sem perder a sensibilidade ou a circulação nas pernas e pés. O tempo de permanência, normalmente indicado nos compêndios de yoga para conquistar o ásana é de três horas, porém uma grande dose de bom senso se faz necessária. Comece com poucos minutos e vá acrescentando alguns segundos diariamente.
O que ocorre é que após permanecer sentado por horas na mesma posição o bloqueio circulatório pode causar pequenos coágulos. Tão logo a pessoa desfaça e esses coágulos comecem a circular pelo sistema podem ocasionar sérios imprevistos A perda de sensibilidade é um fator de risco e deve ser evitada a todo custo, embora seja raro pode causar danos sérios e até mesmo morte por embolia. A aclimatação biológica ao padmásana deve ser levada a sério, mesmo que a posição já esteja confortável, saiba que o sistema circulatório pode ainda não estar.
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